domingo, 18 de dezembro de 2011

Uma ( não ) poesia .

Não sei se posso chamar de poesia
O que escrevo são desabafos de todo dia
Histórias perdidas
Amores esquecidos , não vividos
Vividos e mal contados
Deturpados .

O que eu escrevo sai de minha cabeça sem uma forma
Passa pelo coração e ganha um esqueleto
Corre pelas minhas mãos completamente perfeito .

Eu me perco , já me perdi demais
Queria poder ficar escrevendo , uma noite
Duas , três
E a cada palavra dita , lá se vai um pouco daquilo que eu quero ser

Eu quero ser tudo e ao mesmo tempo não quero ser nada
Eu quero estar de dia , quero estar de madrugada
Eu não quero sair
Quero ficar em casa
Mas quando saio sinto que meu lar não é assim tão confortável

Quero me prender no seu amor
Mas ao mesmo tempo me soltar com chaves de outras paixões
Quero te beijar sem pudor
Sentir sua língua me sugando para outra dimensão

Outra direção , é essa que eu quero seguir
Diferente de você , ou daquele ali
Eu não sou um projeto do sistema
Ou mais um cara moldado pela sociedade

Eu penso , eu vivo , eu amo , eu grito
Eu não sei se isso aqui pode ser chamado de poesia
Mas se for , que orgulho eu tenho
Eu brinco com o inseguro
Jogo cartas com o acaso
Mas ao mesmo tempo me fecho para o destino
Até porque o meu destino
Sou eu mesmo quem faço . 

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